SINOPSE: 1945, sertão de Pernambuco. Menos de um mês depois da partida do marido Aristides para tentar a vida em São Paulo com uma moça bem mais nova,Dona Lindu dá a luz ao seu sétimo filho, Luiz Inácio da Silva, que logo ganha o apelido de "Lula". Sozinha, Dona Lindu, uma mulher simples e de rígidos valores morais, enfrenta as dificuldades sem se queixar. Durante a seca de 1952, a pior da história do Nordeste, a família recebe uma carta de Aristides, chamando mulher e filhos para viverem a seu lado em São Paulo. Dona Lindu vende tudo o que tem e parte com os filhos, sem saber de que se tratava de uma carta falsa: cansado de apanhar do pai, Jaime forjara uma carta convocando a família. Na verdade, Aristides queria distância da primeira mulher e de seus sete filhos.
A viagem em pau-de-arara do sertão até Santos dura 13 dias e 13 noites. Durante o longo percurso, Lula testemunhou situações de grande miséria e crueldade, e também a integridade e compaixão da mãe. Santos foi a primeira parada da família, onde Aristides vivia com outra mulher e sobrevivia como estivador. Dona Lindu e seus filhos viviam em condições precárias, agravadas pela crescente violência do pai que passou a beber cada vez mais. Dona Lindu insistia para que os meninos estudassem, enquanto o pai proibia esse ‘luxo’: “Filho de pobre tem que trabalhar e não estudar” dizia. O pequeno Lula ia à escola, vendia frutas na rua e confrontava o pai. Um dia Dona Lindu toma uma atitude audaciosa: abandona o marido e vai para São Paulo em busca de uma vida melhor para os filhos.
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