Dilma Rousseff busca aproximação com artistas

A presidente Dilma Rousseff dá início, na sexta-feira, a uma série de encontros culturais no Palácio da Alvorada, em que pretende se aproximar da classe artística. A partir de março, ela organizará um evento artístico por mês, com convidados de diferentes áreas. A estreia será com cerca de 30 cineastas mulheres, que estão sendo convidadas para um jantar com a presidente. Dilma pretende fazer uma sessão fechada de "É Proibido Fumar", filme de Anna Muylaert estrelado por Glória Pires, na sala de cinema do Alvorada. A escolha de mulheres ligadas ao cinema ainda faz parte das comemorações do mês da mulher --na quarta-feira (23), Dilma abre a exposição de mulheres artistas no Palácio do Planalto. Nos próximos meses, entretanto, o público não ficará restrito ao gênero feminino. O governo já programa eventos no Alvorada que celebram a música, a literatura e o teatro

APOIO

O plano é trazer grandes nomes da cultura brasileira para dentro "da casa da presidente"_o Alvorada é a residência oficial de Dilma. Ao aproximá-la de artistas, o Planalto ao mesmo tempo agrada à presidente, entusiasta das artes, como também tenta carimbar Dilma como "a presidente da cultura". E, se Lula teve nos movimentos sociais um de seus principais apoios, assessores gostariam de ver o mesmo efeito na proximidade entre Dilma e a classe artística. No círculo próximo à presidente, há quem cite o encontro com artistas no Rio, no início do segundo turno das eleições, como um dos momentos de maior impulso da campanha. A ministra da Cultura, Ana de Hollanda, é uma das principais entusiastas da ideia. Ela deverá ajudar na escolha dos temas e convidados.

GOSTO

Entusiastas do projeto afirmam que, por ser grande apreciadora das artes, Dilma tem a chance de criar "um relacionamento único com a classe artística" e também de ajudar a impulsionar a cultura no país. O interesse de Dilma pelas artes fez com que ela, por exemplo, negociasse pessoalmente a vinda do "Abaporu", da artista plástica Tarsila do Amaral (1886-1973), para a exposição que se inicia na quarta. A pintura pertence a um colecionador argentino desde 2001 e está exposta em Buenos Aires, no Malba (Museu de Arte Latino-Americana de Buenos Aires). Dilma pretende abrir o Alvorada também para visitas de estudantes. O palácio já recebe visitas guiadas nas quartas-feiras. A presidente deseja ampliar os horários das visitas e demonstrou interesse de, ela mesma, conduzir alguns grupos de jovens estudantes.

Na lista de convidadas para o jantar de sexta estão, além de Anna Muylaert, nomes como Carla Camurati, Lucélia Santos, Bia Lessa, Norma Bengell, Lucia Murat, Tizuka Yamasaki e Monique Gardenberg.

ANA FLOR
DE BRASÍLIA

Ceará pode ser tema de samba-enredo da Beija-Flor em 2012

O Estado do Ceará pode virar tema do samba-enredo 2012 da Beija-Flor, a campeão do Carnaval carioca deste ano. A revelação foi feita pelo diretor da escola, Luís Fernando do Carmo, o Laíla, durante entrevista ao Bom Dia Brasil (Rede Globo), nesta quinta-feira, 10. Ele informou ainda que o Estado disputa, inclusive, com Angola, país africano, mas que tem grandes chances de ser o escolhido.

A Beija-Flor faturou seu 12º título neste ano tendo a vida do cantor Roberto Carlos como tema do seu samba-enredo.

O Estado do Ceará já foi tema de samba-enredo de escola carioca. No segundo Governo Tasso Jereissati, quando bancou a Imperatriz Leopoldinense. O samba-enredo falava da vinda de camelôs para o Estado.

Trailer e Sinopse de " Lula - O filho do Brasil"


SINOPSE: 1945, sertão de Pernambuco. Menos de um mês depois da partida do marido Aristides para tentar a vida em São Paulo com uma moça bem mais nova,Dona Lindu dá a luz ao seu sétimo filho, Luiz Inácio da Silva, que logo ganha o apelido de "Lula". Sozinha, Dona Lindu, uma mulher simples e de rígidos valores morais, enfrenta as dificuldades sem se queixar. Durante a seca de 1952, a pior da história do Nordeste, a família recebe uma carta de Aristides, chamando mulher e filhos para viverem a seu lado em São Paulo. Dona Lindu vende tudo o que tem e parte com os filhos, sem saber de que se tratava de uma carta falsa: cansado de apanhar do pai, Jaime forjara uma carta convocando a família. Na verdade, Aristides queria distância da primeira mulher e de seus sete filhos.


A viagem em pau-de-arara do sertão até Santos dura 13 dias e 13 noites. Durante o longo percurso, Lula testemunhou situações de grande miséria e crueldade, e também a integridade e compaixão da mãe. Santos foi a primeira parada da família, onde Aristides vivia com outra mulher e sobrevivia como estivador. Dona Lindu e seus filhos viviam em condições precárias, agravadas pela crescente violência do pai que passou a beber cada vez mais. Dona Lindu insistia para que os meninos estudassem, enquanto o pai proibia esse ‘luxo’: “Filho de pobre tem que trabalhar e não estudar” dizia. O pequeno Lula ia à escola, vendia frutas na rua e confrontava o pai. Um dia Dona Lindu toma uma atitude audaciosa: abandona o marido e vai para São Paulo em busca de uma vida melhor para os filhos.

Para saber mais acesse AQUI

Trailer do Filme "Meteoro"

SINOPSE: Meteoro, segundo longa de ficção assinado por Diego de la Texera, é baseado em uma história real. Nos anos 60, o governo do então Presidente Juscelino Kubitschek e sua política desenvolvimentista construíram Brasília. Mais do que isso, quiseram ligar a nova Capital Federal ao resto do País. Para tanto, equipes diversas foram contratadas para ampliar a malha rodoviária da região. Com o golpe militar, no entanto, um desses grupos foi abandonado à própria sorte. Os engenheiros e técnicos que cuidavam da radial Brasília / Fortaleza deixaram de receber provisões, salários e assistência do governo. Surgiu, então, Nova Holanda, um pequeno vilarejo incrustado entre a Bahia e o Piauí. Meteoro, o filme de Diego de la Texera, é livremente inspirado nesse episódio. Cerca de 70 homens trabalhavam na construção da expansão rodoviária. Em dado momento, eles são surpreendidos pela descoberta de um deserto e, mais do que isso, por rochas, o que impossibilita o andamento dos trabalhos. A dificuldade é comunicada aos superiores, em Brasília; a orientação é para que todos permaneçam no local. O grupo se mantém ali e passa a esperar por novas coordenadas. E todos passam bem: continuam recebendo mantimentos e salários do governo e ainda a visita, mensalmente, de um grupo de prostitutas.

ELENCO:
Cláudio Marzo, Paula Burlamaqui (também co-produtora), Dulce Saldanha (produtora), Lucci Ferreira, Zécarlos Machado, Gláucia Rodrigues, Marcia Marighella, Iracema Starling, Leandro Hassum, Daisy Granados, Alexandre Moreno, Pietro Mario, Felipe Kannenberg, Jairo Mattos.

















CAIXA DE DVDS CELEBRA OS 100 ANOS DO CINEMA NA BAHIA

Iniciativa pioneira de resgate e difusão da memória audiovisual baiana reúne 30 títulos, entre curtas e longasmetragens, refazendo grande parte da aventura cinematográfica no Estado.

O Ministério da Cultura, por meio da Cinemateca Brasileira, em parceria com a Secretaria de Cultura, através da Diretoria de Audiovisual (DIMAS) da Fundação Cultural do Estado da Bahia (FUNCEB), lança uma caixa de 12 DVDs comemorativa aos 100 anos de cinema na Bahia - " B A H I A , 1 0 0 A N O S D E C I N E M A " .

O projeto, pioneiro no resgate e difusão da memória audiovisual baiana, contou com a curadoria do cineasta Joel de Almeida e dos professores e pesquisadores do cinema brasileiro, Rubens Machado Jr., Carlos Alberto Mattos e Maria do Socorro Carvalho que selecionaram 30 títulos representativos desse primeiro centenário do cinema no Estado.

“Em 2010, celebramos 100 anos de cinema na Bahia investindo na preservação de nossa memória audiovisual. Comemoramos a restauração do ´Leão de Sete Cabeças´ de Glauber, apoiamos o restauro do primeiro longametragem baiano, Redenção, de Roberto Pires, por quem Glauber tinha grande deferência. Estamos apoiando também, com recursos do Fundo de Cultura da Bahia, a restauração do primeiro filme baiano, ´A Grande Feira´ de Roberto Pires, parte do acervo de Alexandre Robatto Filho, pioneiro do cinema baiano, além de ´A lenda de Ubirajara´, filme de André Luis Oliveira”, contabiliza o secretário de Cultura do Estado da Bahia, Márcio Meirelles. “Esse box com os 30 títulos é mais uma ação que vai ao encontro de um programa de preservação do patrimônio audiovisual da Bahia. Gostaria que esses filmes fossem vistos em todo o Estado. Por isso ele será distribuido para bibliotecas, cineclubes, Pontos de Cultura”, comemora Meirelles que ficou satisfeito com a parceria com o MinC e a Cinemateca.

Além de filmes contemporâneos de maior circulação como “Eu me Lembro”, realizado por Edgard Navarro em 2005; a seleção traz algumas raridades nunca antes editadas em formato digital, como é o caso de “Caveira My Friend”(1970), de Alvaro Guimarães; “Diamante Bruto”(1977), de Orlando Senna; e “O Mágico e o Delegado”(1983), de Fernando Coni Campos.

Os precursores da arte cinematográfica na Bahia também se fazem presentes. De Alexandre Robatto Filho, com o curta “Vadiação” (1954), a Luiz Paulino dos Santos, diretor de “Um Dia na Rampa” (1960), passando por Trigueirinho Neto e o seu seminal “Bahia de Todos os Santos”(1960), a compilação presta homenagem a Roberto Pires e Glauber Rocha, patronos do cinema baiano.

“Redenção”(1958) e “A Grande Feira” (1961), ambos filmados por Pires, são marcos do primeiro ciclo de cinematográfico no Estado. Os trabalhos iniciais de Glauber Rocha, “Pátio” (1956) e “Barravento” (1961) não são menos essenciais.

Destaque especial para o segmento de documentários que resgata obras de grande valor histórico, cultural e artístico como “A Morte das Velas do Recôncavo” (1976), de Guido Araújo; “Sinais de Chuva” (1976), de Olney São Paulo; “Gato/Capoeira” (1979), de Mario Cravo Neto; “Comunidade do Maciel – há uma gota de sangue em cada poema” (1973), de Tuna Espinheira; e “Memória de Deus e do Diabo no Monte Santo e Cocorobó” (1984), de Agnaldo Siri Azevedo.

Completam a seleção retratos documentais de grandes artistas locais como “Samba Riachão”(2001), de Jorge Alfredo; e “O Capeta Carybé”, também de Agnaldo Siri Azevedo.

Os trabalhos em curta e em vídeo da chamada nova onda do cinema baiano (“Dez Centavos”, de César Fernando , “Mr. Abrakadabra!”, de José Araripe Jr , “Bahia”, de Mônica Simões , entre outros) e a produção no gênero animação com “Catálogo de Meninas”, de Caó Cruz , e o histórico “Boi Aruá”, de Chico Liberato,comprovam a diversidade e abrangência do box comemorativo.

Ao alcance de todos – Com esta edição, a Diretoria de Audiovisual (DIMAS) amplifica sua ação de difusão, facilitando a circulação de conteúdos audiovisuais, através da exibição dos filmes selecionados para a Caixa de DVDs, tanto na programação das suas salas de exibição (Sala Alexandre Robatto e Walter da Silveira), quanto no incremento das atrações do tradicional projeto “Quartas Baianas”, em parceria com a Associação Baiana de Cinema e Vídeo/ ABCV.

O pesquisador e interessado também poderá consultar e ver cada filme da compilação mediante agendamento presencial no Núcleo de Memória, da DIMAS.

Para saber mais, acessehttp://www.dimas.ba.gov.br/

Deputado Secretário

Há um mês, Professor Pinheiro entrava de licença da Secult para resolver impasse sobre seu cargo de deputado estadual. Ainda hoje, a classe artística sente dúvidas sobre a gestão

Licenciado da titularidade da Secretaria de Cultura do Estado (Secult), mas presente. Atuando como suplente de deputado estadual sem uma falta que seja no currículo. Cá e lá, Francisco Pinheiro (PT) continua agindo. Acompanhou as enchentes na região do Cariri, discute temas nas plenárias e tem 100% de presença (apesar de não ter apresentado nenhum projeto de lei, segundo o site da Assembleia Legislativa). Também não há um projeto que passe pela Secult sem que a secretária interina, Maninha Morais, nomeada inicialmente como secretária adjunta, peça sua opinião, como apurou O POVO.

Movimentos silenciosos, mas bem-vindos por alguns setores da pasta, que operam, inclusive, num desejo de volta do secretário licenciado. A espera, porém, pode ser longa. Pinheiro não pode voltar a exercer agora a função de Secretário de Cultura, pedindo licença do legislativo, já que corre o risco de perder o mandato de deputado. Isso porque ele é suplente e espera uma decisão judicial para ser efetivado do cargo. O imbróglio, no entanto, não tem data prevista para resolução, podendo se estender por meses, ou, quem sabe, anos.

Há um mês, Maninha Morais dizia que a secretaria estava cumprindo a agenda. Em entrevista por telefone, ontem pela manhã, ela confirma o cumprimento das atividades: “Além de vários encaminhamentos que a Secretaria tem que fazer, participamos, por exemplo, da reunião do Fórum dos Secretários de Cultura do Brasil, com a presença da Ministra Ana de Hollanda apresentando toda a estrutura do ministério. Estamos nos encontrando com os secretários de cultura dos municípios”, enumera. Mesmo assim, as atividades na Secult continuam preocupando a classe artística.

“Recebi a notícia pelo jornal. Foi um susto!”, lembra David Linhares, principal responsável pela Bienal Internacional de Dança do Ceará. A urgência de realização do evento – que acontece em outubro – e pela realização de outras ações na secretaria, preocupa David. Ele se pergunta, ainda, quem é o secretário adjunto se a responsável pelo cargo assumiu a titularidade. “É preciso ainda um nome que seja nomeado na Coordenação de Ação Cultural, um dos cargos mais importantes”. O cargo, confirma Maninha, ainda não tem responsável.

Nem David nem o ator e diretor Thiago Arrais, professor do Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia do Ceará (IFCE), esperam mais da Secretaria. “Um mês atrás, estivemos com a Maninha. A conversa foi muito proveitosa, a gente apresentou uma série de pautas. Mas ela não deu resposta”, comenta Thiago. Além de atentar para o avançado da hora, já que entramos no terceiro mês do ano, o também integrante do Fórum das Linguagens sugere um posicionamento. “O que eles deveriam fazer é um pronunciamento público e aberto sobre a situação. Maninha não sabe o que pode, e se sabe ela não nos informa”.

Duarte Dias, também integrante do Fórum e diretor-presidente da Associação Cearense de Cinema e Vídeo defende a capacidade de mobilização das entidades civis: “O setor cultural do Estado encontra-se mobilizado e atuante, mantendo uma rotina de encontros e debates que, no momento oportuno, haverão de nortear o diálogo que se pretende aberto e republicano para com a Secretaria e seu titular”. Thiago aponta, ainda: “Várias outras linguagens estão insatisfeitas com esse tipo de postura, que denuncia um problema maior: qual a visão de cultura que esse Governo tem”.

ENTENDA A NOTÍCIA: Surpresa no primeiro escalão do segundo mandato de Cid Gomes, o nome de Francisco Pinheiro para a Secult foi bem recebido. O afastamento do cargo, porém, preocupa a classe artística, que, até o momento, não identifica os rumos da nova equipe.

SAIBA MAIS- Primeiras nomeações: No último mês, a Secult nomeou mais alguns diretores de equipamentos. No Museu do Ceará ,assume Cristina Holanda, à Casa Juvenal Galeno foi reconduzido Antonio Galeno, Sileda Franklin continua no Theatro José de Alencar, para a Biblioteca Pública Governador Menezes Pimentel assume Enide Vida e o Sobrado Dr. José Lourenço continua sob a batuta de Germana Vitoriano.

Júlia Lopes(julialopes@opovo.com.br)