CAIXA DE DVDS CELEBRA OS 100 ANOS DO CINEMA NA BAHIA

Iniciativa pioneira de resgate e difusão da memória audiovisual baiana reúne 30 títulos, entre curtas e longasmetragens, refazendo grande parte da aventura cinematográfica no Estado.

O Ministério da Cultura, por meio da Cinemateca Brasileira, em parceria com a Secretaria de Cultura, através da Diretoria de Audiovisual (DIMAS) da Fundação Cultural do Estado da Bahia (FUNCEB), lança uma caixa de 12 DVDs comemorativa aos 100 anos de cinema na Bahia - " B A H I A , 1 0 0 A N O S D E C I N E M A " .

O projeto, pioneiro no resgate e difusão da memória audiovisual baiana, contou com a curadoria do cineasta Joel de Almeida e dos professores e pesquisadores do cinema brasileiro, Rubens Machado Jr., Carlos Alberto Mattos e Maria do Socorro Carvalho que selecionaram 30 títulos representativos desse primeiro centenário do cinema no Estado.

“Em 2010, celebramos 100 anos de cinema na Bahia investindo na preservação de nossa memória audiovisual. Comemoramos a restauração do ´Leão de Sete Cabeças´ de Glauber, apoiamos o restauro do primeiro longametragem baiano, Redenção, de Roberto Pires, por quem Glauber tinha grande deferência. Estamos apoiando também, com recursos do Fundo de Cultura da Bahia, a restauração do primeiro filme baiano, ´A Grande Feira´ de Roberto Pires, parte do acervo de Alexandre Robatto Filho, pioneiro do cinema baiano, além de ´A lenda de Ubirajara´, filme de André Luis Oliveira”, contabiliza o secretário de Cultura do Estado da Bahia, Márcio Meirelles. “Esse box com os 30 títulos é mais uma ação que vai ao encontro de um programa de preservação do patrimônio audiovisual da Bahia. Gostaria que esses filmes fossem vistos em todo o Estado. Por isso ele será distribuido para bibliotecas, cineclubes, Pontos de Cultura”, comemora Meirelles que ficou satisfeito com a parceria com o MinC e a Cinemateca.

Além de filmes contemporâneos de maior circulação como “Eu me Lembro”, realizado por Edgard Navarro em 2005; a seleção traz algumas raridades nunca antes editadas em formato digital, como é o caso de “Caveira My Friend”(1970), de Alvaro Guimarães; “Diamante Bruto”(1977), de Orlando Senna; e “O Mágico e o Delegado”(1983), de Fernando Coni Campos.

Os precursores da arte cinematográfica na Bahia também se fazem presentes. De Alexandre Robatto Filho, com o curta “Vadiação” (1954), a Luiz Paulino dos Santos, diretor de “Um Dia na Rampa” (1960), passando por Trigueirinho Neto e o seu seminal “Bahia de Todos os Santos”(1960), a compilação presta homenagem a Roberto Pires e Glauber Rocha, patronos do cinema baiano.

“Redenção”(1958) e “A Grande Feira” (1961), ambos filmados por Pires, são marcos do primeiro ciclo de cinematográfico no Estado. Os trabalhos iniciais de Glauber Rocha, “Pátio” (1956) e “Barravento” (1961) não são menos essenciais.

Destaque especial para o segmento de documentários que resgata obras de grande valor histórico, cultural e artístico como “A Morte das Velas do Recôncavo” (1976), de Guido Araújo; “Sinais de Chuva” (1976), de Olney São Paulo; “Gato/Capoeira” (1979), de Mario Cravo Neto; “Comunidade do Maciel – há uma gota de sangue em cada poema” (1973), de Tuna Espinheira; e “Memória de Deus e do Diabo no Monte Santo e Cocorobó” (1984), de Agnaldo Siri Azevedo.

Completam a seleção retratos documentais de grandes artistas locais como “Samba Riachão”(2001), de Jorge Alfredo; e “O Capeta Carybé”, também de Agnaldo Siri Azevedo.

Os trabalhos em curta e em vídeo da chamada nova onda do cinema baiano (“Dez Centavos”, de César Fernando , “Mr. Abrakadabra!”, de José Araripe Jr , “Bahia”, de Mônica Simões , entre outros) e a produção no gênero animação com “Catálogo de Meninas”, de Caó Cruz , e o histórico “Boi Aruá”, de Chico Liberato,comprovam a diversidade e abrangência do box comemorativo.

Ao alcance de todos – Com esta edição, a Diretoria de Audiovisual (DIMAS) amplifica sua ação de difusão, facilitando a circulação de conteúdos audiovisuais, através da exibição dos filmes selecionados para a Caixa de DVDs, tanto na programação das suas salas de exibição (Sala Alexandre Robatto e Walter da Silveira), quanto no incremento das atrações do tradicional projeto “Quartas Baianas”, em parceria com a Associação Baiana de Cinema e Vídeo/ ABCV.

O pesquisador e interessado também poderá consultar e ver cada filme da compilação mediante agendamento presencial no Núcleo de Memória, da DIMAS.

Para saber mais, acessehttp://www.dimas.ba.gov.br/

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