TV Cultura anuncia editais e promete ampliar espaço do conteúdo independente

"Queremos diversificar nossa grade e ser menos relacionados à imagem educativa e pedagógica", disse Marcos Ribeiro de Moraes, novo gerente de aquisições e produção independente da TV Cultura em apresentação durante o 12º Forum Brasil - Mercado Internacional de Televisão nesta quinta, 16, em São Paulo. "Educativo e pedagógico é igual a chato", brincou em sua apresentação direcionada a produtores independentes. Entre os conteúdos que a emissora pública paulista mira para diversificar sua grade está o humor. "Precisamos deixar de lado o preconceito ao humor", disse. Segundo Moraes, que vem do quadro de funcionários da Ancine, a TV Cultura tem 65% de sua grade formada por aquisição e produção independente. A ideia, explica, é aumentar gradualmente o volume de produção independente, que hoje é de aproximadamente 20%, ocupando parte do espaço dedicado a aquisições. "A nossa preocupação é gerir o conteúdo em conjunto com os coprodutores", esclarece Moraes, que diz que a emissora não aceitará "qualquer coisa" que tenha o rótulo de produção nacional. Ele afirma que será cobrado o rigor técnico na execução dos conteúdos, bem como qualidade editorial.

EDITAIS

O gerente de aquisições e produção independente da TV Cultura anunciou no evento dois editais que serão lançados em breve. No próximo mês deve ser publicado o edital do Anima Cultura, Funcine que tem gestão da TV Cultura e é administrado pela Lacan. O edital financiará séries de animação para televisão, que deverão ter, obrigatoriamente, participação de um coprodutor canadense, que entrará com pelo menos 25% dos recursos da série. Para serem inscritos no edital, os projetos não precisam ter um coprodutor canadense. Será criada uma espécie de rede social, da qual farão parte produtores brasileiros e canadenses, para buscar parcerias nos projetos apresentados. O outro edital prometido por Moraes será feito em parceria com o Sesc. Através dele serão produzidas quatro séries dramatúrgicas. "Queremos preencher um espaço de 52 semanas na grade de programação", diz. Fernando Lauterjung.

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